Freddy Eusebio Gustavo Rincón Valencia. Ou apenas Rincón. O corinthiano que viveu o fim dos anos 90 não esquece as atuações do colombiano que virou referência e exemplo de líder em uma das principais equipes que o Corinthians teve na centenária história do clube. O Corinthians.com.br conversou com o ex-jogador e relembra a passagem dele nesta matéria em parceria com a Placar.
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| © Alexandre Battibugli/Placar |
Implacável na marcação aos adversários e absolutamente técnico com a bola nos pés. Requisitos que tornaram o ex-volante em ídolo do Timão, sentimento que dura até hoje entre os torcedores que o viram em campo. “Há muito tempo que eu não ia para o Parque São Jorge e fiquei muito feliz de sentir o reconhecimento e receber o carinho de todos, mesmo após muito tempo”, disse Rincón, após uma recente visita ao clube.
E o sentimento é mútuo. Durante um período em que morou na Colômbia, o ex-camisa 8 procurava estar sempre a par do que estava acontecendo com o Timão. “Eu assinava canais brasileiros, entrava em sites de notícias do Brasil para saber como estava o Corinthians”, comentou.
Muitos times tiveram a honra de tê-lo em campo. Quando chegou ao Corinthians, Rincón já era um jogador com carreira internacional, com participações em duas Copas do Mundo e passagens pelo futebol internacional. Mas foi no Corinthians em que o colombiano chegou ao auge da carreira, algo que o próprio admite. “Sim, foi onde tive o meu auge, até pelo o que sentia ali dentro do Corinthians, pelo convívio, da forma como todos demonstravam carinho por mim. Todas essas coisas emocionantes que passei no clube”, afirmou.
Esses momentos de emoção foram os mais variados. Quando foi contratado, em 1997, Rincón teve de lidar com a incômoda situação de trabalhar para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas mesmo em uma situação muito adversa, se fascinou pela paixão da Fiel. “Por incrível que pareça, eu me recordo bem do momento em que cheguei. A gente se salvou do rebaixamento, e a torcida sempre apoiou o time. Isso me marcou, o apoio deles, principalmente nos piores momentos”, relembrou.
Foi o único momento ruim de uma passagem brilhante de Rincón pelo Corinthians até 2000. Pelo Timão, o colombiano conquistou dois títulos brasileiros (1998 e 1999), um paulista (1999) e o Mundial de Clubes da FIFA (2000), em que o ex-volante teve a honra de erguer a taça como capitão de um dos maiores times da história do Alvinegro. “Era um time que estava pronto para tudo. Todo mundo já tinha passado por muita coisa, era um time que sabia o que fazer para dar certo. Uma equipe muito madura, que encarava as dificuldades e sabia como sair delas”, falou.
Recentemente, Rincón passou por um momento delicado, após sofrer um acidente grave na Colômbia. Foram momentos difíceis durante a recuperação, em que o ex-jogador refletiu bastante e descobriu um novo sentido para viver. “Foi uma situação chata, mas que aconteceu e acontece com muita gente. Mas o importante é que eu superei a situação. É o tipo de coisa em que você tira um aprendizado. Você fica na cama durante muito tempo. Essas coisas não acontecem por acaso”, explicou.
Depois de se recuperar na Colômbia, Rincón pôde voltar ao Brasil. Agora, o eterno capitão do primeiro título mundial estará mais próximo do time que aprendeu a admirar. “Corinthians é Corinthians”, finalizou.
Fonte: Site Oficial Corinthians
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