O Corinthians conquistou o Campeonato Brasileiro de 2011 com uma obediência tática invejável e com a melhor defesa do torneio, levando 36 gols em 38 rodadas. Em 2012, evoluiu ainda mais, conquistando a inédita Libertadores da América e o Mundial, no Japão, levando apenas 4 gols em 16 jogos. Pelo caminho, ficaram adversários dos mais qualificados, como Santos, Boca Juniors e Chelsea. Em 2013, mesmo com uma campanha desastrosa no segundo semestre, o clube encerrou o ano com a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com apenas 22 gols sofridos. É claro que não se trata apenas dos 4 defensores, mas sim de um sistema e é inegável que até o final de 2013 o Corinthians tinha um sistema defensivo invejável. Se o ataque funcionasse minimamente, certamente ao menos uma vaga na Libertadores, o clube teria alcançado.
30 de novembro de 2013. Para um público de 33.201 pessoas, muitas homenagens, lágrimas, etc... o Corinthians se despede de Tite. Sim, o técnico vitorioso dos últimos 3 anos, que era quase que uma unanimidade entre torcedores.
Tudo em nome da reformulação. Reformulação?
Sai Tite, entra Mano. O sistema defensivo desmorona e o clube resolve reforçar os rivais com seus atacantes (?), arcando inclusive com parte dos salários (??).
Após um papelão no Campeonato Estadual, o treinador tem 1 mês para treinar e acertar a equipe. Começa o Brasileiro e... nada.
Conseguimos perder para o lanterna do campeonato, que não havia marcado sequer 1 gol na competição, simplesmente na inauguração da ARENA CORINTHIANS!
O clube paga salários para skatistas, lutadores de UFC, nadadores e no elenco do futebol tem Luciano, Romarinho e Guerrero como opções para o ataque.
Em bolas paradas para o adversário, o treinador posiciona os 11 jogadores dentro da área, para se defender. Até o Figueirense “arrisca” e posiciona ao menos 1 atleta para um eventual contra-ataque. Resultado: reveja os gols que a equipe levou de São Paulo e Palmeiras, no Paulista e ontem, contra o Figueirense. Bola na área do Corinthians, defesa rebate, não tem ninguém na sobra, adversário devolve a bola pra dentro da área, pega a defesa saindo, não há impedimento... GOL.
Falta atitude aos jogadores? Talvez. O fato, é que falta o principal: competência no comando.
Se reformular é regredir, então o Corinthians está se reformulando muito bem.